Produtividade e Saúde: como o Bem-Estar pode mudar a sua empresa

Vivemos num contexto de rápida mudança. As novas tecnologias vieram mudar em definitivo as formas de trabalhar e os desafios impostos às empresas, tornando a pressão por resultados cada vez maior e mais impactante no dia-a-dia das chefias. As novas ferramentas ao dispor de todos permitem, por um lado, às empresas serem mais produtivas e, consequentemente, competitivas. Por outro lado, podem aumentar a pressão e o stress imposto às equipas. Poderá a relação entre produtividade e bem-estar a nível de saúde existir de forma sustentável neste novo contexto? De forma benéfica tanto para os trabalhadores como para as empresas?

Desmistificar o Bem-estar:

O bem-estar não depende só das ações diretas departamentos de recursos humanos. Embora certas políticas organizacionais possam ter um grande impacto, o bem-estar deve ser visto como uma responsabilidade partilhada de todos: da própria pessoa através dos seus hábitos de vida, das chefias e colegas através do impacto no ambiente de trabalho e do departamento de recursos humanos através das medidas que adota.

Embora seja uma responsabilidade partilhada, cabe aos departamentos de recursos humanos fornecerem ferramentas a todas as partes envolvias para que o bem-estar seja potenciado nas organizações. O seu papel vai para além de práticas organizacionais incluindo, em grande parte, o fornecimento de informação e ferramentas para que as pessoas consigam potenciar o seu bem-estar pessoal.

Hábitos de vida e o bem-estar: o papel da condição de saúde 

Os hábitos de vida dos trabalhadores têm um grande impacto na sua performance e, consequentemente, na produtividade da empresa. Os números comprovam-no: em média, os trabalhadores portugueses estão ausentes 8 dias por ano devido a stress e funcionam abaixo das suas capacidades, devido a doença física ou mental, 14 dias por ano (Ordem dos Psicólogos Portugueses, 2023). Adicionalmente, de acordo com outros estudos, os hábitos alimentares saudáveis aumentam em 25% a probabilidade de aumento de desempenho dos trabalhadores, enquanto o exercício físico regular aumenta esta probabilidade em 15% (Randstad, 2022).

Analisando estes dados, é inegável de um ponto de vista clínico que a condição de saúde de um indivíduo impacta de grande forma o seu bem-estar. Hábitos de vida pessoais a nível de descanso, nutrição e exercício físico podem ter um grande impacto na sensação de bem-estar das pessoas e, consequentemente, no seu potencial de performance na sua atividade nas organizações.

Como podem as empresas potenciar o bem-estar e produtividade através da condição de saúde?

Através do fornecimento de informação e programas de acompanhamento às suas pessoas, sempre acompanhados por profissionais especializados, as empresas podem potenciar a condição de saúde individual por forma a aumentar o bem-estar pessoal. Existem abordagens inovadoras no mercado, como o Programa BEST que, combinando uma abordagem clínica e comportamental, permitem às organizações dotar as suas pessoas de um acompanhamento especializado e instrumentos de informação que permitem potenciar a sua condição de saúde no ambiente corporativo.

Porque devem as empresas apostar na condição de saúde como forma de potenciar o bem-estar?

De um ponto de vista científico, é aceite que uma pessoa com uma condição de saúde mais favorável poderá apresentar maiores níveis de bem-estar que a permitirão ser mais produtiva. Assim sendo, apostar na condição de saúde das pessoas pode-se tornar uma vantagem competitiva para as empresas, permitindo-lhes potenciar as suas equipas. Adicionalmente, de um ponto de vista dos pilares do ESG, apostar na condição de saúde das pessoas e consequente bem-estar reverte diretamente a favor do pilar Social, o que para empresas com deveres de reporte pode ser um aspeto muito importante.

Embora seja um tema cada vez mais popular e com cada vez mais abordagens a surgir no mercado, é importante que as medidas adotadas pelas empresas sejam baseadas em indicadores mensuráveis e cientificamente comprovados, por forma a que gerem confiança e, consequentemente, resultados para as pessoas e organizações. Instrumentos de mensuração e acompanhamento clínico poderão ser poderosas ferramentas para aumentar a competitividade das empresas num contexto cada vez mais exigente.

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